Diretor do Sindireceita participa de encontro com empresários para tratar da implantação de free shops em cidades localizadas na fronteira

Diretor do Sindireceita participa de encontro com empresários para tratar da implantação de free shops em cidades localizadas na fronteira

O diretor do Sindireceita, Sérgio de Castro, participou na última sexta-feira, dia 21, de um encontro com empresários no Rio Grande do Sul. Durante o encontro foi a discutida a regulamentação da Lei que possibilita a instalação de zonas francas em cidades gêmeas na região de fronteira. Participaram do encontro também o presidente das Empresas do Comércio Varejista de Livramento (Sindilojas), Pablo Escoteguy e diversos empresários. A reunião foi realizada na Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio). O encontro foi acompanhado pela imprensa do Rio Grande do Sul. O jornal A Plateia de Santana do Livramento/RS produziu uma reportagem sobre as discussões que contaram com a participação do diretor do Sindireceita Sérgio de Castro. Veja a reportagem publicada pelo jornal A Plateia.


Sancionada pela presidenta Dilma Roussef, a lei que permite a criação de lojas francas (free shops) em cidades na linha de fronteira do Brasil e deve beneficiar cerca de 28 municípios considerados “gêmeos” de cidades estrangeiras pela proximidade geográfica, dez deles no Rio Grande do Sul. Pela nova lei (12.723/12), as lojas francas criadas nesses municípios poderão oferecer a passageiros em viagem internacional, brasileiros ou estrangeiros, produtos nacionais e importados com isenção de impostos. O benefício tributário, no entanto, vale apenas para vendas à pessoa física e, conforme a legislação vigente (Decreto-Lei 1.455/76), só pode ser concedido uma única vez a cada intervalo de um mês.


Autor do projeto que originou a lei, o deputado Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara dos Deputados, explicou que a ideia atende uma reivindicação antiga das comunidades que habitam áreas de fronteira no Brasil. Segundo ele, o principal problema enfrentado por essas cidades é a concorrência com free shops e zonas francas do outro lado da fronteira. “Com a regulamentação, que deve ser feita pela Receita Federal, devemos ter a garantia de que os produtos nacionais terão prioridade de comercialização nessas lojas e isso incentivará o consumo daquilo que é produzido aqui por pessoas que passam pelo País”, disse Maia. Para ele, além de criar novas oportunidades de negócios e desenvolver as cidades fronteiriças, a nova lei alcançará também outros municípios que produzem bens e podem ser comercializados em lojas francas.


Tríplice Fronteira 


Segundo o deputado Eduardo Sciarra (PSD-PR), as lojas francas também estavam sendo aguardadas por comerciantes e pela população do Paraná, em especial na Tríplice Fronteira no Sul do País. “Vamos ampliar a renda das comunidades de fronteira, estimular o comércio local e criar novos atrativos para o turismo nessas regiões”, destacou. O mecanismo de venda com isenção de impostos a turistas, conhecido pela expressão duty free, já é adotado por inúmeros países e tem entre os objetivos promover o turismo de compras. O único veto feito ao texto é o de uma emenda do Senado que previa pena de detenção de 1 a 3 anos, ou multa, para chefes de órgãos que permitissem, de forma dolosa, a importação de produtos sem registro em guia de importação ou documento equivalente. (Com informações da Agência Câmara e do Jornal A Plateia)