Fronteirômetro aponta projeção de mais de 245 milhões de toneladas de cargas importadas e exportadas no primeiro quadrimestre de 2017

Corrente de comércio do País atingiu US$ 114.911 bilhões no mesmo período


 


Com exportações de US$ 68,1 bilhões e importações de US$ 46,8 bilhões, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 21,4 bilhões no primeiro quadrimestre de 2017, gerando uma corrente de comércio de US$ 114.911 bilhões. De acordo com o "Fronteirômetro", ferramenta desenvolvida pelos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil, as importações atingiram mais de 50 milhões de toneladas de carga e as exportações ultrapassaram 193 milhões de toneladas. Conheça o Fronteirômetro. 


 


No mês de abril, a exportação alcançou cifra de US$ 17,686 bilhões. Sobre igual período em 2016, as exportações registraram crescimento de 27,8%, e de 12,5% em relação a março de 2017, pela média diária. As importações totalizaram US$ 10,717 bilhões. Sobre igual período do ano anterior, as importações apresentaram aumento de 13,3%, e de 5,8% sobre março de 2017, pela média diária.


 


No acumulado de janeiro a abril de 2017, as exportações alcançaram US$ 68,149 bilhões, crescimento de 21,8%. As importações somaram US$ 46,762 bilhões, elevação de 9,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O saldo comercial do período que foi de US$ 21,387 bilhões, 61,4% superior ao alcançado no primeiro quadrimestre de 2016, que foi de US$ 13,250 bilhões. Esse foi também o maior superávit para o quadrimestre desde o início da série histórica. O recorde anterior havia sido registrado em 2016, que foi de US$ 13,2 bilhões.


 


Os dados foram divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). A estimativa do MDIC é a de que o País registre em 2017 mais de US$ 55 bilhões de dólares de superávit anual, superando o recorde registrado em 2016, que foi de US$ 47,7 bilhões.


 


Exportações


 


O "Fronteirômetro" aponta que a maior movimentação de cargas exportadas ocorre nos portos, 193 milhões de toneladas, os modais aéreo e rodoviário, somados, atingiram pouco mais de 625 mil toneladas.


 


Em relação aos destinos, de acordo com o MDIC, houve crescimento das exportações para praticamente todos os países, com destaques para a China, aumento de 46,8%; EUA com crescimento de 21,7%; México com acréscimo de 12,6%; e Argentina com 26,6%. No acumulado de janeiro a abril de 2017, as três categorias de produtos registraram crescimento nas exportações em relação a igual período de 2016: básicos (+32,1%), semimanufaturados (+14,8%) e manufaturados (+12%).


 


Pelos portos brasileiros, conforme projeções do "Fronteirômetro", foram exportadas mais 8 milhões de toneladas de carga geral e 172 milhões de toneladas de carga granel, foi também registrada a circulação de mais de 767 mil contêineres com cargas destinadas para outros países.


 


Importações


 


Tendo a China e os EUA como os principais países de origem das suas importações, respectivamente, US$ 8,2 bilhões e US$ 8,18 bilhões, o Brasil atingiu o volume de US$ 46,8 bilhões de janeiro a abril de 2017, conforme dados do MDIC. Esse montante representa algo em torno de 53 milhões de toneladas em cargas conteinerizadas, geral e granel, circulando pelos portos, aeroportos e postos de fronteira, segundo o Fronteirômetro.


 


O número de contêineres com carga importada ultrapassou 721 mil unidades nos portos, por onde também circularam 38 milhões de toneladas em carga granel e 1,5 toneladas em carga geral. Nos aeroportos e rodovias, a soma do peso das cargas importadas foi projetada em 1,9 tonelada.


 


O Fronteirômetro aponta o registro de 754 mil declarações de importação para promover o desembaraço aduaneiro de toda a carga importada que adentrou no território nacional. Como o registro de uma declaração de importação (DI) pressupõe-se a determinação de um canal de desembaraço, que até o momento tem estimativas com os seguintes totais: 682 mil DI canal verde, 44,6 mil DI canal amarelo e 27 mil DI canal vermelho.


 


Ainda na importação, o MDIC informa que o acumulado janeiro-abril de 2017, quando comparado com igual período anterior, houve crescimento em combustíveis e lubrificantes (+22,5%), bens intermediários (+16,2%) e bens de consumo (+1,0%), enquanto decresceram as compras de bens de capital (-19,0%).


 


Fronteirômetro - A fiscalização e o controle aduaneiro no Brasil


 


Dimensionar o volume de cargas que ingressam e saem do País por portos, aeroportos e pontos da fronteira seca e reforçar a importância da fiscalização e do controle aduaneiro, são os objetivos do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita) com o “Fronteirômetro”.


 


O “Fronteirômetro” apresenta projeções para o ano de 2017 do fluxo do comércio exterior no Brasil. Para alcançar as projeções para o ano de 2017 foram considerados dados oficiais entre os anos de 2012 a 2016. Todas as informações utilizadas são públicas e fornecidas por Ministérios, Agências e órgãos oficiais que atuam diretamente com comércio exterior e meios de transportes.


 


A ferramenta pretende chamar a atenção da sociedade brasileira para o enorme número de veículos, pessoas e cargas que entram e saem do País, reforçando a necessidade do controle mais contundente sobre todo esse fluxo. A entrada de armas, drogas, produtos contrabandeados e piratas é um problema que precisa ser combatido, pois atinge de forma negativa nossa sociedade ao fortalecer o crime organizado, afetando a segurança pública.


 


Com as projeções de entrada e saída de pessoas, veículos e cargas pelos modais marítimo, aéreo e rodoviário, o “Fronteirômetro” possibilita que se tenha uma dimensão aproximada do fluxo do comércio internacional no exato momento da consulta, permitindo que o visitante tenha uma noção, por exemplo, do quantitativo de cargas importadas ou exportadas descarregadas e carregadas nos portos, ou quantos aviões pousaram ou decolaram nos aeroportos brasileiros com o quantitativo de passageiros.