Sindireceita participa de debate promovido pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)

Sindireceita participa de debate promovido pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)


“Os desafios do direito aduaneiro diante da internacionalização do Brasil”


 


O diretor de Assuntos Aduaneiros do Sindireceita, Moisés Boaventura Hoyos, participou dos debates do evento: “Os desafios do direito aduaneiro diante da internacionalização do Brasil”, promovido pela UNOESC, Unidade de Chapecó, na última quinta-feira, dia 19 de abril. Na oportunidade, o diretor explicou a respeito do funcionamento e a atuação da Receita Federal do Brasil e ainda apontou que a lentidão no desembaraço aduaneiro, por exemplo, ocorre devido a falta de pessoal e de aparelhamento do órgão. “A maioria dos portos não tem scaner, por exemplo”, relatou Hoyos.


“Essa discussão sobre direito aduaneiro precisa transpor o meio acadêmico e chegar às esferas públicas. A Unoesc está de parabéns por levantar essa temática”, afirmou o deputado federal do Rio Grande do Sul, Vilson Covatti, que foi um dos debatedores do evento. Na ocasião, Covatti, que é presidente da Comissão de Assuntos Aduaneiros da Câmara dos Deputados, assumiu, inclusive, o compromisso de viabilizar a realização de uma audiência pública sobre o tema proposto pela Universidade.





Moisés Boaventura Hoyos, diretor de Assuntos Aduaneiros, participou dos debates do evento promovido pela UNOESC


 


Organizado pelos cursos de Direito e Comércio Exterior e sob a coordenação do professor Walber Pinto Vieira Junior, o evento reuniu alunos, professores, empresários e profissionais de áreas relacionadas ao direito aduaneiro. “Tivemos um evento de altíssimo nível, desde os palestrantes que são referências no país quando se trata desse assunto, até a organização, os parceiros e o público que contribuiu com os questionamentos”, avaliou o coordenador.


O advogado de Campinas/SP, Omar Rached, explanou sobre Linha Azul e Operador Econômico Autorizado. Ele observou que o sistema aduaneiro do Brasil está muito defasado em relação aos países desenvolvidos. “Estamos com um tempo entre 10 e 20 anos de atraso e isso gera ineficácia no sistema. Temos que pensar como é que o país poderá ser mais competitivo diante do cenário que temos. É fundamental modernizar o sistema aduaneiro brasileiro”, alertou Rached.


Alexandre Lira, que também atua como advogado Campinas, abordou a necessidade da gestão de risco, da criação de ferramentas de controle capazes de aferir o nível de integridade nas relações de importação e exportação e de projetos de lei que punam as empresas envolvidas em corrupção.


O diretor de competitividade exportadora da Secretaria de Comércio Exterior, André Marcos Fávero, afirmou que o Comércio Exterior do Brasil é bastante significativo, no entanto não dispõe de estrutura. Ele informou ainda que hoje o tempo dispensado para o desembaraço de cargas de produtos importados é de 15 dias e 11 para a exportação. Segundo Fávero, o Ministério de Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior está trabalhando para reduzir esse tempo para três dias quando se tratar de exportação e cinco para importação.


O evento foi moderado pelo advogado especializado em Direito Internacional de Porto Alegre, Fernando Locatelli e contou com apoio da OAB/SC (Subseção de Chapecó), do Núcleo de Comércio Exterior da Acic, da Editora Revista dos Tribunais e da Paseo Avenida. (Com informações da UNOESC).