Como a cocaína, a maconha e o crack, que hoje podem ser encontrados em qualquer cidade brasileira, chegam ao seu destino, assim como armas de uso exclusivo das forças armadas chegam até as mãos de marginais nos centros urbanos que estão a milhares de quilômetros das fábricas onde são produzidas? Qual a rota usada para o transporte de mercadorias contrabandeadas e produtos piratas que abastecem mercados populares em todas as cidades brasileiras?
Essas dúvidas deram origem ao projeto "Fronteiras Abertas". Idealizado na assessoria de comunicação do Sindicato Nacional dos Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), o projeto teve por objetivo mapear os 31 pontos de passagem terrestre em áreas de fronteira mantidos no país pela Receita Federal do Brasil, órgão da administração direta do governo federal e que tem por lei a precedência nas ações em áreas aduaneiras. Mais do que apenas identificar as dificuldades enfrentadas por quem trabalha nessas unidades, o objetivo, aqui, é apresentar à sociedade e às autoridades um relato acerca da fragilidade na fronteira brasileira, e, principalmente, apresentar um conjunto de propostas que podem contribuir para ampliar e tornar mais efetivo o controle nessa faixa do território nacional.