O diretor de Assuntos Aduaneiros do Sindireceita, Moisés Hoyos, concedeu ontem, dia 27 de março, entrevista para a rádio CBN Manaus e criticou o abandono e a falta de estrutura e de políticas para os servidores que atuam nas fronteiras do País. O diretor do Sindireceita falou ainda da importância da realização nesta quinta-feira, dia 29 de março, do Dia Nacional de Mobilização em Defesa das Fronteiras do Brasil.
No estado do Amazonas o Dia Nacional será marcado pela mobilização em Tabatinga, município que fica na tríplice fronteira Brasil-Colômbia-Peru. Moisés Hoyos citou como exemplo da precariedade no controle de fronteiras na cidade, onde a Receita Federal mantém apenas 3 servidores para fazer o controle da fronteira seca e atuar em ações de combate ao contrabando, descaminho e pirataria. “A Receita Federal não tem controle sobre o que entra e sai do País. Precisamos, por exemplo, de lanchas mas as embarcações da Receita Federal foram sucateadas e perdidas por falta de manutenção e estão paradas. Portanto, a Receita Federal não tem como atuar na repressão ao contrabando, descaminho e pirataria nessa região”, destacou.
O diretor do Sindireceita também defendeu a necessidade urgente de implantação do adicional para os servidores que atuam em locais inóspitos, também chamado de adicional de fronteira. “Esse adicional é um estímulo para que o servidor se mantenha na fronteira. Várias pessoas quando passam no concursos e sabem que vão para locais inóspitos e distantes, as vezes, até desistem e nossas fronteiras vão ficando cada vez mais desguarnecidas”, disse.