Sindireceita participa da reunião do Movimento Nacional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas sobre a reforma da Previdência

O diretor de Aposentados e Pensionistas do Sindireceita, Arnaldo Severo Filho, participou na manhã desta terça-feira (9/7), em Brasília, da reunião do Movimento Nacional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas (Mosap), para traçar estratégias de combate à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019, que trata da reforma da Previdência.

O diretor Arnaldo Severo afirmou que apesar do anúncio da liderança do governo que já possui os votos suficientes para aprovar a reforma no Plenário, o número ainda não será o bastante. “Nas conversas que tenho com os parlamentares, percebo a postura deles e não acredito que essa reforma passará facilmente. Tem muito parlamentar com força que está trabalhando contra a reforma e não podemos nos dar por vencidos, não importa os números apresentados pelo governo ou pela liderança do governo na Câmara”, alertou.


A PEC da reforma da Previdência, já aprovada na comissão especial que tratou do assunto, está agora em votação no Plenário da Câmara dos Deputados, mas os integrantes e instituições afiliadas ao Mosap tentam ações emergenciais que ainda podem ser tomadas contra a PEC. Uma das ações tomadas pelo Mosap foi a sugestão de emendas.

O presidente do Mosap, Edson Guilherme Haubert, destacou a iniciativa do deputado Júlio Delgado (PSB/MG) que, por meio da emenda 150 à PEC 06/19, busca extinguir a contribuição previdenciária do servidor público aposentado. Haubert explicou que de forma gradativa a emenda sugere que a partir dos 60 anos o servidor deixe de pagar 10% do valor da contribuição, chegando aos 70 anos com a completa extinção da referida contribuição, sendo suprimidos 10% a cada ano, durante 10 anos até a extinção.

Mas o presidente do Mosap ponderou que a emenda enfrentará enormes resistências. “Temos que insistir, temos que continuar o trabalho contra a reforma e contra os prejuízos que ela provocará aos aposentados e pensionistas. Sabemos que o Brasil tem mais de 14 milhões de desempregados e que neste cenário de crise o servidor público é considerado “privilegiado” por algumas facções da sociedade, incluindo por alguns parlamentares, por isso temos que continuar com o trabalho de esclarecimento de todos”, afirmou.


Edson Haubert relatou aos diretores e representantes das afiliadas presentes no encontro que o Instituto buscou assinaturas necessárias para a tramitação da emenda, que foi registrada com o número 150. “Em apenas 2 semanas, nós dirigentes, nossos afiliados e funcionários conseguimos 275 assinaturas de parlamentares em apoio à extinção da contribuição, mas reconhecemos que a luta não será fácil”, ponderou.

Como encaminhamento, os representantes institucionais presentes na reunião do Movimento Nacional dos Servidores Públicos Aposentados e Pensionistas decidiram seguir com abordagem parlamentar mostrando os prejuízos da reforma e a utilização das redes sociais para ampliar o diálogo com a sociedade e alertar para os prejuízos que a reforma causará, caso aprovada, à sociedade em geral.