Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil (RFB) integram os esforços de trabalho da Operação Maturin, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira, dia 3. A iniciativa tem por objetivo desarticular uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro.
Servidores da RFB, 120 policiais federais, além de policiais militares da Brigada Militar e policiais penais do Susepe participam da ação, nesta manhã, para o cumprimento de 20 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão em cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Simultaneamente já estão em curso medidas adotadas para descapitalizar o grupo criminoso, entre elas sequestros de veículos e imóveis, apreensão de bens e encerramento de empresas de fachada, em valor estimado superior a R$ 2,5 milhões, e o bloqueio de valores em contas bancárias.
A investigação teve início em agosto de 2022, a partir do encontro de um “cardápio de drogas” em investigação sobre moeda falsa. A apresentação do cardápio, a quantidade e diversidade das substâncias oferecidas chamou atenção dos investigadores, levando à instauração de novo inquérito policial, com foco específico no tráfico de drogas.
Diligências indicaram que a venda de entorpecentes no varejo ocorria através de aplicativos de mensagens e que a entrega era operacionalizada por mototaxistas capitaneados pela organização. Todos os envolvidos se utilizavam de codinomes e diversos meios para ocultar suas identidades e dos usuários.
A comercialização de drogas no atacado ocorria com a utilização de “mulas”, responsáveis pelo transporte e estoque das substâncias em diferentes cidades. A organização recorria de aplicativos de caronas pagas e aluguéis de imóveis por temporada para operacionalizar a logística do tráfico. Com o avanço da investigação, a PF identificou o líder a organização e mapeou os fornecedores, as pessoas interpostas (laranjas) usadas para lavagem de capitais e os transportadores das substâncias ilícitas.