A presidenta do Sindireceita participou da oficina "Diagnóstico da qualidade do sistema de Recursos Humanos do serviço público federal"
A presidenta do Sindireceita, Sílvia de Alencar, juntamente com outros dirigentes de classe, participou ontem, dia 13 de junho, da oficina "Diagnóstico da qualidade do sistema de Recursos Humanos do serviço público federal", coordenada pela consultora do BID - Banco Interamericano de Desenvolvimento, Mercedes Llano, e articulada pelo Ministério do Planejamento, representado, na ocasião, pelo especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Eduardo Pastore.
O objetivo da oficina foi realizar uma pesquisa, por meio de questionário quantitativo e qualitativo, para a atualização do projeto de Diagnóstico Institucional dos Sistemas de Serviço Civil da América Latina, liderado e coordenado no âmbito do Diálogo Regional de Política do BID, a partir do trabalho da Rede de Gestão e Transparência da Política Pública.
A metodologia aplicada permitirá que se disponha um panorama atualizado da situação dos serviços civis e a comparação do seu estado atual com a linha de base estabelecida nos diagnósticos institucionais de serviço civil realizados anteriormente. “O objetivo básico desta oficina é capturar as principais reformas que tem-se introduzido nestes últimos anos, de 2004 até o presente”, explicou a consultora do BID, Mercedes Llano.
Durante as discussões, a presidenta do Sindireceita rebateu alguns pontos críticos apresentados no questionário aplicado. Sobre questões relacionadas aos processos de planejamento, Sílvia de Alencar disse que, de acordo com as experiências obtidas com a Receita Federal, o planejamento estratégico da RFB só existe no papel e no site da instituição, pois, na prática, ele não é aplicado. “A RFB é um Órgão sem planejamento, que não valoriza o servidor, que é extremamente corporativista, que possui uma política sectarista e que não leva em conta a política social, que valoriza um cargo em detrimento dos demais cargos existentes, que busca valorização apenas de um único cargo sem levar em conta aquilo que é melhor para a Carreira, para o Órgão e para o País”, criticou.
Na ocasião, Sílvia de Alencar se posicionou ainda sobre a questão de gestão de desempenho. A presidenta do Sindireceita disse acreditar que em algumas carreiras a estrutura de remuneração seja adequada para atrair, mas, em contrapartida, não é adequada para motivar e reter as pessoas dotadas das competências necessárias nos diferentes tipos de cargos. “As Carreiras Típicas podem ser atrativas, mas não são motivacionais, porque salário não é fator motivacional. Mesmo assim, existe uma concorrência entre as carreiras típicas de Estado e o conjunto dos servidores pelo tratamento diferenciado existente. O que falta é uma valorização dos servidores”, relatou.
Participaram da oficina os representantes das seguintes entidades: Associação Nacional dos Técnicos de Fiscalização Federal Agropecuária (Anteffa); Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF); Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc); Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal); Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical); Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef); Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical); Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Reguladoras (Sinagências); Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef); Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes Federação); Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF); Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon Sindical); e Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco).