Diante da injustificável apatia do governo, não resta outro caminho aos Analistas-Tributários senão ampliar a greve nacional e paralisar totalmente as atividades da Receita Federal nas próximas duas semanas.
Conforme já havíamos adiantado nas avaliações de conjuntura, em reunião telefônica realizada com os delegados sindicais e em diversos encontros desta Diretoria com as bases pelo País, a cada dia, a conjuntura política torna-se cada vez mais desfavorável à tentativa do governo de impor uma nova análise de um tema que foi exaustivamente debatido nas comissões e no plenário da Câmara dos Deputado e do Senado Federal.
Esse impasse foi criado por setores do Poder Executivo que agora tentam empurrar a solução para o Congresso Nacional, que já encerrou sua participação nesse processo. Dessa forma, torna-se cada dia mais insustentável a postura do governo que não cumpre a Lei 13.464 e afronta o Legislativo e a Receita Federal do Brasil.
Vale reforçar que essa disputa entre poderes está inserida no contexto da crise política, e somente por meio da pressão política faremos com que esse processo se encerre de forma positiva. Já dissemos antes, mas é preciso ressaltar sempre; não se trata apenas de defender o cumprimento dos termos do acordo assinado entre a categoria e o governo em março de 2016. Nossa luta vai muito além da defesa dos nossos justos direitos. Estamos mobilizados em defesa da Receita Federal e do aprimoramento e modernização da Administração Tributária e Aduaneira, objetivos que estão estritamente associados à implementação do Bônus de Eficiência.
Durante essas duas semanas, vamos ampliar a greve em todo o país. É preciso que todos os Analistas-Tributários participem das Assembleias Locais e dos atos que serão convocados pelas Delegacias Sindicais. Não temos outro caminho a seguir. Precisamos enfrentar agora todos os desafios colocados. Não conseguiremos concretizar esse longo e desgastante processo de negociação salarial sem o acirramento da greve neste momento.
Não há outro caminho. Fomos lançados à greve e só encerraremos as paralisações quando o governo cumprir integralmente os termos do acordo assinado em março de 2016 e regulamentar por decreto o Bônus de Eficiência.
A hora é de greve, de unidade e de luta por nossos direitos.
Geraldo Seixas – presidente do Sindireceita