As Delegacias Sindicais e o Conselho Estadual do Sindireceita em Santa Catarina, que integram a Frente Sindical em Defesa da Previdência, composta por cerca de 30 Centrais e Sindicatos de Trabalhadores da iniciativa privada e do serviço público, participam nesse dia 10, do lançamento da campanha no estado contra a proposta de Emenda Constitucional (PEC 06/2019) que trata da reforma da Previdência.
A Frente Sindical foi criada com o objetivo de conscientizar a sociedade para os riscos e prejuízos que a PEC representa para a Previdência Pública e para a Seguridade Social. A Frente Sindical também vai mobilizar os trabalhadores no estado e promover diversos atos contra a reforma da Previdência nos próximos meses. As entidades que integram a Frente Sindical vão participar da mobilização nacional durante a greve geral convocada para a próxima sexta-feira, dia 14, contra a reforma da Previdência.
Como primeira ação, a Frente Sindical vai instalar quase 80 outdoors nos 500 quilômetros da rodovia BR - 101, que corta o Estado de norte a sul, da divisa com Paraná até o Rio Grande do Sul. A cada 12 quilômetros em média, nos dois sentidos da rodovia federal, serão instalados outdoors com mensagens contra a reforma da Previdência que ficarão expostas por 15 dias, inicialmente, e que devem alcançar mais de 3 milhões de pessoas. Haverá ainda painéis em outras rodovias de grande fluxo, totalizando quase 100 inserções.
A Frente Sindical em Defesa da Previdência é uma iniciativa que reúne dezenas de representações sindicais da iniciativa privada e do setor público que decidiram unir forças - em nome de centenas de milhares de trabalhadores - para defender uma previdência social pública, justa e solidária nos moldes do texto da Constituição Federal de 1988.
A Frente Sindical afirma que mantidos os recursos para o custeio da Previdência Social, conforme determina a Constituição federal, seguramente, não há o chamado déficit na Previdência. A Frente Sindical reforça ainda que a CPI da Previdência, cujo relatório final foi aprovado no Congresso Nacional, apontou que o verdadeiro problema da Previdência é sua gestão. Por exemplo: crimes como a sonegação de impostos, que têm causado enormes perdas aos cofres da Previdência Social e que necessitam ser combatidos com urgência deveriam ser prioridade para o governo federal. O relatório final da CPI apontou que a Previdência Social perdeu mais de R$ 3 trilhões devido à sonegação, aos desvios e às dívidas não recolhidas nos últimos anos.
A Frente defende ainda que para solucionar os problemas fiscais do Estado brasileiro é preciso promover uma verdadeira reforma tributária que garanta a cobrança dos impostos e contribuições devidas e não pagas pelas grandes empresas e sonegadores históricos e que também reduza a carga tributária da classe trabalhadora.
A Previdência Social justa e solidária representa a segurança do futuro de cada cidadão brasileiro e suas famílias. Portanto, a sociedade não pode permitir sua destruição em benefício de interesses de grandes grupos financeiros que querem privatizar a Previdência e transformar em lucro um sistema que deve ter como objetivo a proteção dos cidadãos deste país.